Mercado Cultural
A cultura baiana, fortemente
influenciada pelos costumes africanos, é muito rica e diversificada. Tanto no
acervo de obras quanto nas manifestações populares, a Bahia possui um dos
maiores patrimônios culturais do Brasil.
A capoeira, por exemplo, utilizada
como meio de defesa quando foi criada no Brasil pelos escravos africanos,
atualmente é considerada uma mistura de dança e luta.
Carnaval
A história começou em 1950, quando Dodô e Osmar inventaram o
Trio Elétrico. O negro reconquista sua identidade e ganha força nos Filhos de
Gandhi, o Olodum, e blocos como o Ilê Aiyê, que une música ao trabalho social.
O Carnaval de Salvador é atualmente a maior festa popular do planeta e bate
recordes contando com mais de 2 700 000 foliões em seis dias de festa. Durante
o período do carnaval de Salvador, dezenas dos cantores mais famosos do Brasil
desfilam nos trios elétricos como, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Cláudia
Leitte e muitos outros.
Museus
Os museus da Bahia, distribuídos
em sua maioria entre Salvador e o recôncavo, revelam a inestimável riqueza da
herança deixada por índios, portugueses e negros, que a partir da fusão das
raças fez nascer a mais genuína figura do povo brasileiro: o baiano.
Toda esta diversidade cultural
contribui para o ecletismo presente nos acervos dos museus baianos, que engloba
diversos campos da atividade e do conhecimento humano, e que nos é presenteada
a mais de quatro séculos, do início da colonização até os dias atuais.
Artesanato
O artesanato baiano oferece uma
grande gama de opções em diversos segmentos artísticos.
Dos entalhes de madeira às peças
de cerâmica utilitária, passando por instrumentos musicais típicos da cultura
da Bahia, como atabaques e berimbaus, o artesanato sempre foi um filão bastante
atraente para o turismo e uma boa fonte de recursos para os artistas populares.
Em algumas cidades, como
Trancoso, no litoral sul da Bahia, o artesanato ganhou sofisticação com a
chegada de novos moradores. Muitos artistas deixaram os grandes centros urbanos
em busca de uma melhor qualidade de vida e levaram novas concepções e técnicas,
influenciando o artesanato local.
Música
Nas últimas décadas, a Bahia tem
sido um verdadeiro celeiro musical. Surgiram muitos artistas (músicos,
instrumentistas, cantores, compositores e intérpretes) de grande influência no
cenário musical nacional e internacional. Tendo a maior cidade das Américas
durante muitos séculos, sua capital foi local dos nascimentos, a partir da
influência africana, do samba de roda, seu filho samba, o lundu e outros tantos
ritmos, movidos por atabaques, berimbaus, marimbas - espalhando-se pelo resto
do Brasil, e ganhando o mundo.
Na Bahia nasceram expoentes
brasileiros do samba, do pagode, do tropicalismo, do rock nacional, da bossa
nova, axé e samba-reggae. Alguns dos principais nomes são Pitty, Dorival
Caymmi, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Daniela
Mercury, Tom Zé, Novos Baianos, Raul Seixas, Marcelo Nova, João Gilberto,
Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Luiz Caldas, Margareth Menezes, Dinho (do
Mamonas Assassinas) etc.
Pontos turísticos
O estado brasileiro da Bahia é um
dos principais pólos turísticos do país. Suas praias do vasto litoral, os
sítios históricos coloniais, as belezas naturais e a rica cultura constituem
constante atrativo para os visitantes de todas as partes do mundo.
Outra principal indústria é o
turismo, ao longo da costa da Bahia, que é o estado brasileiro com o maior
litoral, as bonitas praias e os tesouros culturais fazem-lhe um dos principais
destinos turísticos do Brasil. Além da ilha de Itaparica e Morro de São Paulo,
há um grande número de praias entre Ilhéus e Porto Seguro, na costa sudeste, o
norte litoral da área de Salvador, esticando para a beira com Sergipe,
transformou-se um destino turístico importante, o qual ficou conhecido como
Linha Verde. A Costa do Sauípe contém um dos maiores hotéis-resorts do Brasil.
Cinema
O cinema na Bahia é promovido e
incentivado pela Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (DIMAS), além da
Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV / ABD-BA), membro da Associação
Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas.
Anúncio em um outdoor para a
XXXIV Jornada Internacional de Cinema da Bahia.
Na Bahia, ocorrem vários
festivais e encontros de cinema e cineclubismo, entre eles:
- · Bahia Afro Film Festival, em Salvador;
- · Encontro Baiano de Animação, em Salvador.
- · Feira Mostra Filmes, em Feira de Santana;
- · Festival Brasilidades, em Feira de Santana;
- · Festival Nacional de Vídeo - A Imagem em 5 Minutos, em Salvador;
- · FIM! - Festival da Imagem em Movimento, em Salvador;
- · Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em Salvador;
- · Mostra Cinema Conquista, em Vitória da Conquista;
- · Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, em Salvador.
- · Vale Curtas - Festival Nacional de Curtas-Metragens do Vale do São Francisco, em Juazeiro e Petrolina;
Também há várias produções
cinematográficas nacionais que possuem como tema a Bahia ou algo a ela
relacionado, a exemplo de Cidade Baixa e Ó Paí, Ó.
O estado também é berço de
grandes nomes do cinema nacional, como os atores Lázaro Ramos e Wagner Moura e
os cineastas Glauber Rocha e Roberto Pires.
Valorizando o cinema baiano, a
TVE-BA exibe às sextas-feiras, a sessão de filmes Sextas Baianas. E a DIMAS
exibe a sessão Quartas Baianas, especialmente dedicada ao resgate e à
valorização da produção local, com entrada franca, na Sala Walter da Silveira,
às quartas-feiras, às 8h da noite.
Religião
A religiosidade é um aspecto
importante na história do povo baiano. A Bahia é um estado bastante religioso,
e o catolicismo é classificado como a religião predominante. Entretanto, há uma
variedade de religiões, seitas, igrejas, templos, terreiros, crenças separadas
ou totalmente misturadas dentro do estado. É muito comum que, por essa
diversidade de religiões, as pessoas se envolvam com religiões distintas das
suas, porém há quem não consiga compreender outras "verdades", como é
o caso da religião protestante que não acredita e não se envolve de jeito
nenhum com o candomblé, muito marcante na cultura baiana. Isso revela que a
população baiana, apesar de não parecer, é bem dividida sobre essas questões.
Enquanto é uma cena comum uma filha de santo rezando ao senhor do Bonfim ou um
católico oferecendo caruru aos ibejes (São Cosme e Damião), mostrando um
sincretismo religioso tão presente nas festas de santos católicos sinas de um
tempo em que negros disfarçavam o culto a seus deuses, há quem não suporte
olhar para o Dique do Tororó e ver as estátuas dos orixás ali presentes.
O interessante desse sincretismo
religioso é que os símbolos, as “lavagens” e as imagens retratam a
religiosidade baiana, que por sua tradição atraem turistas e difundem a sua
diversidade. As festas dos santos são movidas à missas com banhos de pipoca e
as pessoas acreditam nos princípios do catolicismo e do candomblé ao mesmo
tempo, como mostra o vídeo acima. A forte devoção da população e a capacidade
de seu povo de misturar o sagrado e o profano são veiculados na mídia e compõem
a identidade da Bahia. Contudo, essa mistura serve para reforçar a forte bagagem
cultural que envolve o povo baiano.
Culinária
A culinária baiana, conhecida e
reverenciada em várias partes do mundo, é uma das mais criativas e saborosas da
gastronomia brasileira.
A cozinha típica da Bahia, muito
influenciada por ingredientes e temperos oriundos da África, como o quiabo, a
pimenta malagueta e o azeite de dendê, consegue não somente produzir pratos
populares como também elaborar cardápios de grande requinte e surpreender o
paladar mais apurado.
Influenciada também pelos hábitos
alimentares dos índios brasileiros e pela cozinha portuguesa, a comida baiana
assimilou muito da cultura africana para montar seu vasto e saboroso cardápio,
com quase 50 tipos de pratos diferentes. Graças principalmente à religião do
Candomblé, delícias como o acarajé, o caruru, o mungunzá e o bobó, adaptações
da comida sagrada dos orixás, chegaram às mesas dos bares e restaurantes.
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